Artrose no Ombro

          Artrose, ou também conhecida como osteoartrose, nada mais é do que um desgaste da cartilagem articular, o que gera diminuição do espaço articular e, conforme sua evolução, vai ocasionando atrito entre os ossos – culminando na formação de ossificações em suas extremidades (osteófitos), cistos subcondrais (geodos) e liberação de corpos livres (pedaços soltos de cartilagem dentro da articulação). Geralmente acomete mais articulações de carga, como quadris e joelhos, mas também pode ocorrer em outras articulações, como no ombro e no cotovelo.

          O paciente normalmente apresenta dor local, estalidos (crepitações) à movimentação e limitação de mobilidade (rigidez), mais intensos conforme o grau mais avançado da artrose.

          A artrose pode ser classificada como:

  • Primária: degeneração natural da articulação – acometendo normalmente pessoas de mais idade.
  • Secundária: após algum evento que causou dano ao ombro (trauma – fraturas e/ou luxações, esforços repetitivos em atletas de elite ou trabalhadores braçais; doenças de destruição articular – como por exemplo a artrite reumatóide) – acometendo normalmente pessoas mais jovens.

          Após anamnese e exame físico é realizada radiografia para elucidação diagnóstica e, em alguns casos, tomografia computadorizada para melhor avaliação do grau de destruição articular e ressonância nuclear magnética para melhor avaliação do manguito rotador.

          O tratamento da artrose depende principalmente do grau em que ela se encontra e das expectativas do paciente. Para graus mais leves pode ser realizado tratamento conservador com medicamentos para analgesia, anti-inflamatórios por curtos períodos (5-7 dias) para controle de crises de dor e fisioterapia para analgesia com eletroestimulação (TENS) e alongamentos para manutenção de mobilidade. Podem também ser usados condroprotetores ou colágeno para tentar retardar a progressão da doença.

          No caso de falha do tratamento conservador para casos leves a moderados, o tratamento videoartroscópico (minimamente invasivo) pode ser utilizado para retirada de corpos livres e ressecção de osteófitos. Já para casos graves e em pacientes mais idosos o tratamento cirúrgico com substituição articular (prótese de ombro) pode ser realizado. Existem diversos modelos de prótese – parcial, total anatômica, total reversa, com haste, sem haste, ressurface, CTA, entre outras – e a definição de qual delas é a mais adequada deve ser individualizada para cada caso.

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