Bursite no Cotovelo

          Bursite no cotovelo, conhecida também como “bursite olecraniana” devido à proximidade ao osso do olécrano (porção mais proximal da ulna), nada mais é do que uma inflamação da bursa, ocasionando um aumento de volume local, calor discreto e vermelhidão leve (sinais inflamatórios). 

          Temos diversas bursas pelo corpo, mais conhecidas no ombro e no quadril, as quais têm a função de diminuir o atrito entre as estruturas (tendões, ossos, músculos) durante a movimentação e, no caso do cotovelo, para diminuir impacto direto sobre o osso no momento do apoio sobre o local.

          A bursite no cotovelo ocorre mais em homens do que em mulheres, por volta de 30-50 anos de idade, e pode ser causada por diversos fatores, tais como doenças inflamatórias – como gota e artrite reumatóide – ou trauma local – como apoio por longos períodos, por exemplo durante leitura de livros ou digitação durante o trabalho.

          O diagnóstico é clínico, realizado durante a anamnese e o exame físico, logo, exames complementares não são essenciais.

          Contudo, para alguns casos de difícil resolução, associados a febre, mal estar, histórico de infecção recente ou alguma ferida ou picada de inseto no local, deve-se suspeitar de uma infecção, ou seja, bursite INFECTADA e não mais apenas inflamada. A vermelhidão costuma ser maior, bem como maior calor local, aumento de volume e pode também haver limitação da mobilidade. Nesses casos, exames laboratoriais como hemograma, proteína C reativa (PCR), velocidade de hemossedimentação (VHS) e exames de imagem como o ultrassom podem auxiliar.

          Além disso, em casos de suspeita de infecção, pode-se realizar uma punção local para avaliar se há ou não presença de pus e então encaminhar o líquido retirado para análise laboratorial.

          O tratamento da bursite olecraniana se dá através do uso de períodos curtos de anti-inflamatórios (5-7 dias), gelo local, repouso e evitar impacto (apoio do cotovelo) até melhora do quadro. Raramente, em casos refratários ou de volume muito grande, pode ser realizada punção ou até mesmo cirurgia para retirada da bursa.

          Já para a bursite infectada, o tratamento deve ser cirúrgico, com retirada de todo o pus e da bursa, envio do material coletado para análise laboratorial (bacterioscopia e cultura bacteriana) e antibiótico deve ser iniciado prontamente.

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